segunda-feira, novembro 06, 2017

MUSEUS – RECLAMAÇÕES MAIS HABITUAIS

Fala-se muito de visitas a museus, palácios e monumentos, do encantamento e das desilusões dos visitantes, dos preços dos bilhetes, das gratuitidades, e de muitas outras coisas, mas nem sempre nos debruçamos sobre o que dizem os visitantes durante as visitas, talvez porque os seus responsáveis não encontram tempo para falar com o público.

Uma das grandes dificuldades encontradas pelos visitantes é a de encontrar informações fidedignas quando programam as suas deslocações, uns porque não vão aos sítios oficiais dos locais a visitar, outros porque confiam em roteiros de anos anteriores. Deixei para segundo plano a ineficácia de quem gere as informações online dos serviços que muitas vezes não prestam muita atenção às alterações e não as anunciam com a antecedência devida.

Outra grave lacuna que aborrece qualquer visitante é a falta de indicações simples, à entrada dos museus, palácios e monumentos, sobre horários, preços e serviços como bilheteiras, lojas, wc’s, cafetarias, acessibilidades, ou locais de descanso.

Durante a visita não há nada mais desagradável do que a falta de indicações sobre o percurso recomendado, sobre as salas, colecções ou objectos, que deixam os visitantes às aranhas e sem possibilidade de aproveitamento devido da visita. Claro que nem dou grande relevo às condições do edifício (limpeza, preservação e conservação), ao modo como estão dispostas as colecções, e aos cuidados com a segurança das instalações, dos visitantes e dos funcionários, de que tenho falado.


Existem coisas que só se conseguem perceber verdadeiramente no contacto directo com os visitantes ou na audição de quem com eles interage diariamente, e isso não é feito pelos responsáveis dos museus, palácios e monumentos, que se contentam com inquéritos programados e com perguntas por eles selecionadas, a que responde geralmente um público mais disponível a perder tempo a ajudar, mais culto e mais conhecedor, que não representa outros públicos, menos conhecedores, menos disponíveis e mais numerosos.


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